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Como aplicar a Construção Artesanal do Trabalho a favor de Analytics?
2016-10-11

CAT é um conjunto de técnicas que ajudam colaboradores a reconfigurar os elementos do trabalho, gerando maior engajamento e relevância

Por Daniel Lázaro* - 10 de Outubro de 2016 - 10h57

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Tipicamente, os gestores atribuem funções aos colaboradores e também decidem (ou definem) como eles devem executá-las. Mas, às vezes, os próprios funcionários são a melhor fonte de ideias sobre a melhor forma de investir seu tempo (e ainda assim, executar suas atividades).

Uma forma de articular as ideias é através da Construção Artesanal do Trabalho (CAT), um processo por meio do qual funcionários redesenham suas próprias atividades para atender melhor seus pontos fortes e interesses.

O CAT pode aumentar o nível de satisfação e criatividade de uma pessoa no trabalho, segundo Justin Berg, professor da Stanford Graduate School of Business, que pesquisou o conceito com Amy Wrzesniewski na Yale School of Management e Jane Dutton na Ross School of Business, de Michigan.

O que é a Construção Artesanal do Trabalho?

O CAT é um conjunto de técnicas que ajudam colaboradores a reconfigurar os elementos do trabalho, gerando um maior engajamento e relevância. Existem três formas diferentes de CAT:

• Construção Artesanal de Tarefas, que diz respeito a reequipar as atividades incluídas em uma rotina;

• Construção Artesanal de Relacionamento, que diz respeito à reformulação das interações com outras pessoas;

• Construção Artesanal Cognitiva, que diz respeito a remodelar a forma como um colaborador vê suas tarefas e relacionamentos.

As pessoas obtêm os melhores resultados quando usam as três formas simultaneamente. Por exemplo, um advogado corporativo com uma paixão para o ensino poderia começar um programa interno (Construção Artesanal de Tarefas), engajar seus colegas no programa (Construção Artesanal de Relacionamento), e mentalmente encarar o programa como uma oportunidade para cumprir e difundir a sua paixão para o ensino (Construção Artesanal Cognitiva).

De onde vem a Teoria do CAT?

A pesquisa em desenho de trabalho começou na década de 1970 com um foco quase exclusivo em como os gestores deveriam definir as atividades de seus empregados com uma visão Top Down. Isso revelou insights interessantes, como o benefício em os gestores construírem autonomia, captura de feedback e significância para o trabalho.

No entanto, uma descrição de atividades é apenas parte do que determina a forma como os trabalhos são realizados – os funcionários também podem moldar seus próprios trabalhos ao longo do tempo.

Pesquisadores desenvolveram a teoria da Construção Artesanal do Trabalho para capturar essa noção de que os funcionários podem fazer e redesenhar seus próprios empregos de “baixo para cima”.

Desde que esta teoria foi publicada em 2001, tem havido um crescimento enorme de estudos sobre a CAT.

Qual é a relação de CAT com Analytics?

As ferramentas disponíveis para auxiliar as pessoas a descobrirem oportunidades para a elaboração de seus trabalhos de forma benéfica são ainda bastante artesanais, baseadas em processos de “autoconsciência”.

É muito fácil ficar preso na rotina do dia-a-dia, o que leva as pessoas a pensar que seu trabalho é mais fixo do que pode realmente ser, e as ferramentas disponíveis ajudam a visualizar o trabalho como um conjunto flexível de blocos de construção, em vez de uma lista fixa de funções.

Isso já ajuda na identificação de maneiras criativas para redesenhar o trabalho para beneficiar seus executores, mas não aproveita o fato de que hoje podem ser capturados muito facilmente dados sobre a forma de como os trabalhos são executados.

Empresas como o Google, Logitech e VMWare, já aplicam a teoria da Construção Artesanal do Trabalho, mas ainda com o uso de ferramentas básicas e forte dependência de seus departamentos de talento, e já tem observado ganhos (como pode ser visto nesse vídeo).

Todavia, com a aproximação de ferramentas de Analytics do escritório, os e-mails enviados, horários, destinatários e pessoas envolvidas; além dos dados sobre ligações realizadas por VoIP (Voz sobre IP), como sua duração, audiência e tópicos discutidos; bem como a forma como documentos, apresentações e planilhas são criados; ou sistemas são usados, telas são preenchidas, tornam-se fontes trabalháveis de dados que caracterizam de forma bastante detalhada como cada colaborador, ou grupo de colaboradores, opera.

Com a composição destas informações com dados de engajamento, relacionamento social (mesmo que delimitado à esfera profissional e dados em redes de relacionamento profissionais e/ou autorizadas pelas corporações), é possível reestruturar cada componente de uma rotina de trabalho visando não apenas a performance em sua execução, mas o fortalecimento de pontos que já sejam destaque nos colaboradores.

Efeitos práticos em escala desta reconstrução – agora não mais artesanal – do trabalho, ainda não foram sentidos porque a teoria ainda não encontrou a prática em escala, mas existe uma avenida ainda a ser explorada para que Analytics ajude as pessoas a focalizar em seu potencial, aumentando seu engajamento com seu trabalho e também identificando e potencializando aquelas atividades que dependam de relacionamento e troca de experiências, dentro e fora da organização, dentro e fora do mundo corporativo.

Há uma expectativa muito forte de que as técnicas de CAT, suportadas por ferramentas e técnicas de Análise, ajudem a lidar de forma inovadora com temas de absenteísmo, instabilidade de colaboradores e queda (ou saturação) de performance.

Os dados estão aí, basta aplicá-los. Teorias como esta, quando potencializadas por técnicas e ferramentas de Analytics, podem revolucionar toda gestão de recursos humanos, bem como os processos e prioridades das áreas que lidam com talentos nas organizações.

*Daniel Lázaro é diretor executivo para Tecnologias de Analytics da Accenture na América Latina.


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